Título Original: The Rocky Horror Picture Show
Ano: 1975
Produção: Estados Unidos
Idioma: Inglês
Diretor: Jim Sharman
Músicas: Richard O'Brien
Músicas: Richard O'Brien
Elenco: Tim Curry, Susan Sarandon, Barry Bostwick
Duração: 100 minutos
Duração: 100 minutos
O musical é um gênero complexo. Por não se filiar a nenhum outro gênero ele
pode transitar por todos e facilmente perder a mão. Seja na apresentação dos
personagens, seja pelo fato das músicas tomarem todo o filme tornando o
desenvolvimento da trama cansativo permeado pelos números de canto e dança que
acabam por ofuscar os atores.
Mas quando se acerta em um musical, ele é fadado a virar
ícone tal qual “Amor, Sublime Amor”, “Chicago”, “Cinderela em Paris”, “Gigi”. O
que torna um musical atraente? Quais as características que ele precisa ter
para que fique interessante? Não existe uma formula mágica, uma receita de bolo para
isso. O que se tem são tentativas erros e, quando dá certo, ótimo.
No caso de Rocky Horror o que se tem é uma mistura de
gêneros dentro do musical. Toda a estética dos filmes B dos anos 70, comédia de
costumes, ficção científica. Permeado sempre por muito bom humor e personagens
caricatos. Mas esse é o charme do filme.
Brad e Janet acabaram de ficar noivos e estão indo contar a
notícia pessoalmente ao mentor e amigo deles Dr Scott em outra cidade. No
caminho o carro quebre e eles buscam abrigo no castelo de Frank’n’Furter um
cientista travesti que está em vias de construir o homem perfeito para o seu
bel prazer. No castelo os tipos mais esquisitos possíveis esperam por eles.
O filme se torna primoroso justamente pelo fato de aceitar por
completo a sua condição de B. brincar com o gênero e suas situações clichês (a
mocinha assustada, o mordomo sinistro). Então quando a parte musical entra tudo
se torna ainda mais cativante. Todas as músicas são originais logo sempre
adicionam ao roteiro e cada novo susto de Susan Sarandon as coisas ficam cada
vez mais divertidas.
Mesmo com todas as suas qualidades o filme não foi
um sucesso quando foi lançado. Teve que
enfrentar muito preconceito em bilheterias por se usar de temas tão
controversos (até mesmo para hoje em dia) sem medo de expo-los. Acabou por se
tornar clássico muitos anos depois com
bastante insistência por parte da Fox.
The Rocky Horror Picture Show se tornou clássico nas suas
sessões de meia noite. Bom se a música de abertura já profetizava isso quem
somos nós para descordar?
Sobre o autor
Pedro Wajsfeld
Filósofo, Geek e Cinéfilo.
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