domingo, 21 de agosto de 2011

Os Piratas do Rock

Título Original: The Boat That Rocked (Pirate Radio)
Ano: 2009
Produção: Uk
Idioma: Inglês
Direção: Richard Curtis
Elenco: Tom Sturridge, Philip Seymour Hoffman, Bill Nighy 
Duração: 116 min
 
Ahhhh... O Rock! É realmente uma pena não ter vivido em 1960, 70... As vezes eu fico pensando, nos dias de hoje, temos a liberdade e a facilidade de escutar as músicas que a gente quer, na hora que a gente quer e sem sermos repreendidos. A geração mais nova está acostumada a receber milhões de músicas novas por dia. Uma música lançada à dois meses é considerada velha! É uma pena... Acho que falta uma certa apreciação;

Eu me lembro ainda, por volta de 1999, 2000, eu escutava rádio o dia inteiro, ficava ligando para rádio pra pedir minhas músicas favoritas e gravava na fita pra ficar repetindo toda hora. A única coisa que eu posso considerar nessa época, realmente ruim, é que éramos reféns das rádios. Hoje em dia, basta procurar similares na internet e encontrar um vasto mundo pra mergulhar... Vamos ser honestos, tem coisa que a gente baixa e nem ao menos escuta.

Mas... Voltando ao filme... Ele se passa numa época em que as rádios que tocavam música 24 horas por dia eram rádios piratas: O rock era visto como um mal na sociedade. (A rádio pirata em questão, ficava num navio, com a tripulação só de homens e uma mulher mas é porque ela era lésbica). Acontece que as autoridades começam a querer banir essas rádios... Resumindo muito o começo do filme, é isso aí rs .O filme nos dá uma sensação de liberdade, mas ao mesmo tempo de tristeza;

Porque tristeza? Ultimamente eu tenho me dito que hoje em dia, nosso sexo e drogas está sem o rock ‘n roll. Não que não haja rock bom hoje em dia, veja por exemplo, o Restart! (zueira rs) Mas sério, ainda existem bandas boas de rock por aí sim. O problema todo não é isso! Na minha concepção do que era o sexo, drogas e rock ‘n roll, o rock não estava só no mérito de estilo musical. O Rock era um jeito de viver, um modo de ir contra o que a sociedade conservadora pregava. Era uma bandeira, uma ideologia. Hoje em dia, é sexo, sexo, droga atrás de droga mas é vazio, não tem um porquê. Entende o que eu digo?

Outra coisa que eu quero ressaltar aqui, é como em todo filme que se trata de música que eu já vi, tem um elemento que nunca falta (ao menos nos bons). É uma coisa que eu sinto e não sei se eu consigo explicar... Bem, eu sou músico e quando eu falo que amo música as pessoas pensam: “Ah! Mas quem não ama?” Como eu vou explicar isso sem parecer presunçoso? É diferente!!! Uma coisa é gostar de escutar música, ou de tocar, cantar, que seja. Outra coisa é viver pela música. (Não digo isso porque faço disso uma profissão, não é por isso) É uma dependência que vai além! Ao ponto de estar disposto à morrer por. Acho engraçado porque todo filme que aborda música, o músico ou similar passa por essa prova: “O quão isso é importante pra você?” Essa é a parte que eu mais amo nesses filmes, os personagens chegam à um ponto que você fala consigo mesmo: “Uau. Então isso é amar mesmo.” Acho que é uma coisa que se aproxima (e isso se você for diferente de mim, um religioso) ao amor por Deus.

Falei falei falei e não disse nada do filme né? Normal. Esse post é sobre catarse. Quer saber sobre o filme? TRAILER:


Ps: Escutarei a trilha sonora. Se eu achar que vale a pena (são 2 CDs!) postarei uma review em breve.

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Sobre o autor

Bernardo Rangel
Músico, Escritor, Bloguero do Na Garupa do Porco, Compositor, Ex-ator, Ateu, Viciado em livros e séries de TV. Perfil Completo

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