quinta-feira, 19 de maio de 2011

Duplicidade


Título Original: Duplicity
Ano: 2009
País: EUA. Alemanha
Idioma: Inglês
Direção: Tony Gilroy
Elenco: Julia Roberts, Clive Owen, Danis O'Hare, Tom Wilkinson, Paul Giamatti
Duração: 125 minutos

Filmes de espiões sempre conseguem render a Hollywood ótimos filmes. A exemplo disso temos toda a franquia 007, que mesmo com os seus baixos (sim falo da fatídica era Pierce Brosnan), até o excelente Jogo de Poder (Fair Game, 2010). Existe um fascinio que a vida dessas pessoas exercem sobre nos meros mortais espectadores. Podemos falar de uma trama complexa envolvendo tramas governamentais que podem alterar o curso da humanidade e podemos falar de tramas de pessoas que querem apenas sair dessa vida e poder comprar quem sabe... um iate e navegar pela costa das Bahamas pelo resto da vida. É nesse segundo caso que se encaixa Duplicidade.

O filme foi escrito e dirigido por Tony Gilroy e o cara entende de retratar os agentes da CIA na tela. Ele escreveu a triologia Bourne e dirige o 4º filme da série. Em Duplicidade Ray Koval (Clive Owen) é um ex-agente da MI6 que se apaixona por Claire Stenwick (Julia Roberts) ex-agente da CIA. Para poderem se aposentar com uma grana no bolso e ficar velejando pelas Bahamas (essa parte de velejar é por minha conta) eles decidem que precisam de uma grana extra. 40 milhões de dólares. E, para conseguir esse dinheiro, eles entram em um jogo de espionagem industrial entre industrias farmacêuticas.
Todo o roteiro do filme é bem construído. A construção não linear da história garante a atenção criando um jogo de gato e rato entre película e espectador; é convidativo fazer parte daquela trama e tentar prever qual vai ser o próximo passo e descobrir antes de todo mundo o quê está rolando de super secreto ali. Mais interessante que isso e ver Owen e Roberts juntos novamente. Closer - Perto Demais (Closer, 2004) colocou os dois astros em conflitos que no final deixam um gosto amargo na boca. Agora eles se usam desse contato prévio e criam uma conexão louvavel com os diálogos ágeis dos personagens. Não somente eles todo o elenco tem diálogos louvaveis (quem é fã da série True Blood vai gostar ainda mais).
No minimo o filme pode ser considerado divertido, mas com um olhar mais atento é um grande alívio ver um filme tão bom saindo de um tema diversas vezes explorado pelo cinema ao longo das décadas.


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Sobre o autor

Pedro Wajsfeld
Filósofo, Geek e Cinéfilo. Perfil Completo

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