
Ano: 2011
Produção: França e Bélgica
Idioma: Inglês
Direção: Michel Hazanavicius
Elenco: Jean Dujardin, Bérénice Bejo, John Goodman, James Cromwell
Duração: 100 minutos
O quê esperar de um filme sem cores e sem fala produzido em pleno século 21?? É "oito ou oitenta". Ou você não vai ter nenhum interesse ou vai (assim como eu) ficar louco pra assistir! A polêmica que rodou em torno de O Artista foi exatamente esta. O que levaria uma pessoa de volta ao passado à uma sessão nostálgica, sendo que ela pode pagar quase a mesma coisa pra assistir um filme em 3D? Qual reação ele geraria nas pessoas? A resposta é simples: Cinema é formado por histórias e estórias. O que importa num filme é o que ele conta e não o recurso usado para contar.
A história do filme se dá por um ator de cinema (mudo, na época) muito famoso que se vê encurralado na época onde acontece a transição do cinema mudo para o falado. Sem acreditar nas possibilidades, ele desdenha a nova tecnologia e se demite para abrir a própria produtora e fazer seus próprios filmes mudos,como ele gosta. Esperando que o público fosse se manter fiel, o orgulho o leva ao fracasso e ele se vê numa vida miserável e sem chances para continuar fazendo o que ama.
Essa teimosia e resistência do ator nos lembra outro personagem famoso da nossa história. O filme fica claro ao chegar no final (a surpresa é excelente e muito bem feita) que foi baseado em Charles Chaplin, o rei do cinema mudo e preto e branco. O filme não se baseia na vida de Chaplin, é claro, mas a inspiração é muito forte.

Tem umas surpresas que não dá pra contar, mas vai o destaque, por incrível que pareça, para o cachorrinho Uggie, que realmente dá um show no filme e roubou cena ao "segurar" um dos Globos de Ouro premiados ao filme.
Eu sei que é cansativo e às vezes até chato parar pra ver um filme desse tipo. Mas O Artista vale a pena. Vale a pena se você é apreciador da história e de uma boa estória. Fique com o trailer e logo após um bônus nostálgico muito saudoso.

Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Roteiro Original, Melhor trilha sonora original, Melhor fotografia, Melhor figurino, Melhor direção de arte e Melhor montagem.
10 no total. Mole de ganhar Montagem. Também tô apostando em Roteiro e Direção. Atriz Coadjuvante já não sei muito não, mas não me surpreenderei se ela levar.
Bônus: Na mesma época, Charles Chaplin se recusava a falar em seus filmes. A crítica fica na fala do gerente do estabelecimento: "Ou canta ou rua!". Sem saber o que fazer, Chaplin canta uma música sem palavras. Apenas sons distintos que não significam nada, apenas o que estava no coração do mestre:

